quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

50º Capítulo: "Não me deixes novamente"





“Duvida da luz dos astros/ De que o sol tenha calor,/ Duvida até da verdade,/ Mas confia no meu amor.” (William Shakespeare)




Ruben parou o carro em frente à entrada do meu prédio. Oh meu deus, há umas horas atrás estava tudo tão diferente, e agora, no carro com Ruben, sob a iluminação fraca vinda da rua, sinto o seu olhar preso a mim. Sorriu para ele. A sua mão largou o volante e alojou-se em minha face, percorrendo a minha mandíbula, queixo e por fim, acariciando lenta e calmamente os meus lábios. Inclina-se para a frente mas para, como pedindo permissão para me beijar. Entrego-me de novo aos seus lábios, macios, com sabor a Ruben. Beijámo-nos durante o que me pareceram uns segundos, um gemido estrangulado formou-se na sua garganta e com ele a sua necessidade, que Ruben tentara esconder de mim. Tentei aprofundar o beijo, levando-me para caminhos desconhecidos, mas ele afasta-se de mim. O que estou eu a fazer? Eu quero isto, agora? Já? Claro que quero, quero ser de Ruben de todas as formas possíveis, quero que ele seja meu, só meu, sinto essa necessidade. Agora percebo que Ruben é o meu salva-vidas. Mas o que é isto? Eu nunca senti nada assim! Caramba, nem antes de nos separarmos. O que quer que ele esteja a fazer comigo, só espero que não pare. Nunca.

- Obrigado pelo jantar. – Agradeci na esperança de me conseguir acalmar.

-Não me agradeças. Estou feliz por conversarmos. – Oh meu deus, aquele sorriso novamente. Senti-me corar.

- Queres subir? – Desviei o meu olhar do seu e preparei-me para sair do carro.

- Queres que eu suba? – Ruben estava com os olhos mais escuros e as pupilas levemente dilatadas. Eu quero que ele suba? Deixa de ser parva, avisa-me o meu subconsciente. Claro que quero.

Consinto com a cabeça.

- Espera um pouco. – Volto a acomodar-me no assento enquanto observo Ruben a contornar o seu carro. Através da sua camisa branca, os seus músculos trabalhados chamavam por mim, as suas calças encaixavam perfeitamente na sua cintura, a forma como ele se movia…

Ruben abriu a porta do carro para eu sair e cumpri a minha deixa. No elevador senti-me estranhamente tímida, ainda de mão dada com Ruben, ele percebeu e, mais uma vez, apertou-me a mão para me acalmar e o nosso olhar tocou-se. Ruben estava nervoso, não era só eu. Coro novamente.

Ouviu-se o “Plim” do elevador, larguei a sua mão para abrir a porta de casa, sentia-o atrás de mim, observando-me. Que raio, será assim tão difícil abrir a porta? Respirei fundo. Calma Madalena, calma. Senti, finalmente, o trinco rodar e entrei no apartamento. Estava em casa, sim, em casa com Ruben, como não estava há muito tempo. Senti falta disto também, ele realmente já fazia parte da minha vida de forma incompreensível para mim, agora sabia que era a mulher mais sortuda do mundo por tê-lo comigo, eu amo-o, eu posso pensar assim. Pousei a mala no móvel da entrada e encarei Ruben, como podia controlar o meu olhar se o seu me percorria com avidez? O seu olhar estava carregado de amor, admiração, nervosismo e algo mais que não conseguia decifrar.

Senti o meu coração parar para depois bater descompassado enquanto ele fechava a porta atrás de si. Os seus olhos, aqueles que me deixavam louca, fixos em mim, a sua boca a abrir-se lentamente enquanto caminhava para mim, dei um irreflectido passo para trás e senti a parede fria colada às minhas costas. Oh meu deus, sentia-me latejar, fraca, desesperada pelos seus braços fortes, mas ele não parou, continuou a caminhar para mim. Muito levemente, senti a ponta dos seus dedos no meu rosto, quentes na minha pele fria, provocando em mim pequenos arrepios. Fechei os olhos e separei os meus lábios para poder respirar e aclarar a mente. Os seus lábios deixavam passar as suas golfadas de ar e eu sentia-as cada vez mais perto dos meus, pousei a minha mão esquerda sobre o seu ombro enquanto a outra se alojava no seu peito e recebia os batimentos do seu coração que começava a bater descompassado. Tudo me parecia lento, as minhas terminações nervosas estavam em alerta máximo, senti cada parte dos seus lábios tomarem os meus num beijo terno, cheio de amor tal como antes de tudo, mas agora mais intenso. Ruben deu fim ao nosso beijo quando tentei aprofundá-lo e eu voltei a abrir os olhos. Debaixo da fraca luz da entrada, olhei Ruben desiludida. Rapidamente voltei a sentir os seus lábios enquanto aplicavam pressão sobre os meus, todo o seu corpo junto a mim, os seus braços fortes que me agarravam na cintura e na nuca deixando-me imóvel, ali, só para ele. Meu deus, que beijo! Arrepios percorriam-me, as nossas respirações cada vez mais descompassadas, as nossas línguas a descobrirem e a redescobrirem caminhos. Sem me magoar, Ruben puxou-me o cabelo para que deixasse o pescoço exposto, senti a sua língua no lóbulo da minha orelha e logo de seguida os seus dentes, com beijos molhados, a sua boca viajava pela minha mandibula, pescoço até que o meu casaco não o permitia seguir em direção aos meus ombros. Afastou-se novamente de mim, presenteou-me com um sorriso maravilhado, pousou as mãos nos limites do meu casaco e pediu permissão para o tirar.

Tremia nos seus braços enquanto o tecido deslizava sobre mim, aquele sorriso de menino, a minha pele fria enquanto eu ardia por dentro. E lá estava novamente a sua língua se movimentando contra a minha pele, da base do meu pescoço até aos ombros onde plantou leves beijos. Antes que pudesse evitar, soltei um pequeno gemido, estava totalmente desorientada, senti o seu sorriso sobre a minha pele. Sim, ele estava a gostar disto. O seu olhar procurava de novo o meu, agora mais escurecido do que alguma vez tinha visto, este homem era mesmo meu. Não sei o que me fez ter uma ponta de coragem, talvez o à vontade de Ruben comigo, então beijei-o, assim como ele tinha feito comigo, os lábios, a face coberta pela barba que dois ou três dias, o pescoço, até ao V formado pela camisa em seu peito. Ele tinha um cheiro inebriante, as minhas mãos viajavam pelos seus abdominais bem definidos, voltei à sua maçã-de-adão onde lhe mordi delicadamente. Ruben gemeu devido ao meu toque, despertando em mim sensações estranhas, sentia-me maravilhada e soltei, ainda em seu pescoço, um sorriso gigante.

Olhei Ruben e o seu sorriso era tão grande ou maior que o meu, devolveu-me os seus lábios e mordeu-me o lábio inferior atrevidamente, a sua língua começava a invadir a minha boca e eu estava perdida… novamente.

- Ruben… - Chamei entre beijos.

- Hum? – Respondeu-me puxando-me mais para si e enterrou-se novamente no meu pescoço.

- Fica comigo esta noite! - Murmurei reduzindo o espaço entre nós até ao limite.

- Queres que fique? – A sua voz era rouca.

- Quero. Fica, por favor. – Assustei-me com a minha própria sinceridade. Aqui estava eu, ele, sozinhos em casa, entregues um ao outro, a tudo a que fomos privados durantes semanas. Estava ansiosa, com medo… sim, sobretudo com medo, medo de desiludir Ruben.

Rendi-me mais uma vez aos lábios de Ruben e as minhas mãos viajaram, trémulas, para os primeiros botões da sua camisa. Só queria apressar-me a desabotoar sua camisa mas não conseguia nem soltar o primeiro botão. Beijava-o com urgência.

- Madalena… - Ruben gemia baixinho. As suas mãos percorriam avidamente o meu vestido para se instalarem na barra deste, a meio das minhas coxas. – Madalena, pára. Madalena!

- Ruben, eu… preciso de ti. – Nem reconhecia a minha própria voz, cheia de desejo, luxuria… amor.

- Eu estou aqui, amor. Estou aqui, só para ti.

- Eu quero-te Ruben! - A minha voz não passava de um sussurro. Encostei a minha cabeça ao seu peito, senti a sua erecção junto ao meu quadril, os botões das suas calças de ganga mal a conseguiam suportar. Corei. Ruben percebeu que o encarava e moveu-me para que o olhasse nos olhos.

- Amor, nós não temos de fazer nada. Eu não quero que te sintas obrigada a nada. – Os seus olhos brilhavam de sinceridade.

- Eu quero. – Insisti. – Eu quero ser tua!

- Oh Madalena, tu és minha bebé. Minha! – Eu sou dele. Claro que sou dele, nunca deixei de o ser. A minha alma e o meu coração estiveram sempre com ele.

- Tua! – Ruben beija o canto direito de minha boca e logo a seguir o esquerdo acalmando-me e provocando-me simultaneamente. Acariciei-lhe a face e desci os meus dedos, percorrendo a sua pele, até pousar no primeiro botão da sua camisa, novamente. Libertei um a um enquanto ele me olhava apaixonado, tocando leve e deliberadamente a sua erecção enquanto desabotoava o último botão. Ruben estava maravilhado e eu cada vez mais aterrorizada, mas encantada comigo mesma por ter arranjado coragem para saber tal coisa. Agarrei a sua camisa e arrastei-a pelos seus braços, tal como ele tinha feito há pouco com o meu casaco, deixando-o em tronco nu e pousei a minha mão junto de seu coração. Ele sorriu novamente e eu senti-me envergonhada. As suas mãos dançavam entre os meus quadris e traseiro, e mesmo por cima do vestido, o seu toque provocava-me pequenas descargas elétricas.

- É mesmo isto que tu queres? – Perguntou-me mais uma vez com a sua voz rouca, quente.

- Sim. – Voltei a beijá-lo com necessidade.

- Oh amor… - Ruben geme. Agarra-me fortemente a cintura e conduz-me até ao meu quarto. Claro que ele sabia ainda o caminho, ele já tinha dormido várias vezes comigo, na minha cama, enrolado em mim. Que saudades!

Sem afastar os seus lábios dos meus, Ruben arrastava-me sempre com as mãos na minha cintura. Abriu a porta com um simples empurrão e ligou as luzes de parede reduzindo a intensidade. Ruben cessou o beijo e olhou para mim. Estava intimidada, a vergonha em mim crescia, mas era isto que eu queria, entrelacei as minhas mãos em frente à barriga e olhei-as. Senti ao mãos de Ruben subirem da minha cintura até ao meu rosto, acariciando-o, e ao meu queixo, para me manter a cabeça direita. Olhou-me, mais uma vez, apaixonado.

- Amo-te. – Ama-me? Ruben ainda me ama? Depois de tudo?

- Oh Ruben… - Atirei-me para os seus braços. – Oh Ruben…

- Amor, então? Não acreditas em mim? – O seu tom de voz envolvia preocupação, ou medo, era difícil de diferenciar.

- É difícil, depois de tudo…

- Esquece o que se passou e acredita em mim, nunca nesta vida amei tanto alguém!

- Ama-me. Ama-me Ruben. – Suplicava enquanto os meus lábios necessitados voltavam a procurar os seus. Eu necessitava dele, mais do que alguma vez necessitei de alguém, não que tivesse tido muitos namorados, mas na minha limitada experiência nunca tinha sentido algo assim.

As mãos de Ruben viajavam pelas minhas coxas, por dentro do vestido, até pousarem nos meus glúteos, pele com pele, empurrou-me contra si, mais próximos, a sua erecção sentia-se na minha pele, isto deixava-me ainda mais nervosa. As minhas mãos devoravam as suas costas, o seu cabelo com avidez. Calma, calma, gritava comigo mesma. Minhas mãos tremiam quando deixei de sentir os seus lábios nos meus e uma das suas mãos agora pousava na minha cintura e a outra no fecho, Ruben pedia-me permissão. Sabia que o olhava de olhos arregalados, corada, Ruben sorriu-me também ele nervoso mas lutando para não o deixar transparecer. Estávamos de igual para igual.

- Sim. – Era tudo o que lhe conseguia dizer.

Sem nunca abandonar o meu olhar, Ruben deslizou lentamente o fecho até ao fim. Por entre beijos fez com que os seus braços abandonassem as alças do vestido que se acumulava na cintura, apenas um leve puxão da minha parte e o vestido caiu aos meus pés, deixando-me apenas de roupa interior e sapatos de salto. Oh meu deus, aquilo era sexy, e era ele que me dava coragem para o ser. Deu-me a mão para que saísse do vestido, caiu aos meus pés, de joelhos, para me retirar os sapatos e plantou um suave beijo acima dos joelhos. O meu corpo queimava, as minhas terminações nervosas cada vez mais atentas e aqueles pequenos beijos fizeram-me gemer, sim, senti que foram enviadas vibrações para locais desconhecidos em mim.

Levando-me para perto da cama, Ruben rapidamente se desfez dos ténis e das meias, logo a seguir do botão e fecho das suas calças. Queria ter o à vontade que ele tinha para me tirar a roupa, mas hoje, preferi que fosse ele mesmo a tirar a sua. Continuava nervosa e em pé aos pés da cama, rodando os polegares. Ruben colocou a colcha para trás e juntou-se novamente a mim.

- Queres que feche as persianas, meu amor? – Murmurou.

- Não importa. – Sussurrei. Ruben chegou-se mais perto e passou suavemente os dedos do meu rosto para o meu queixo.

Beijava-me a boca, o queixo, percorria trilhos enquanto nos encaminhava para um dos lados da cama. As nossas línguas encontram-se, abraçamo-nos apertado, senti todo o seu corpo no meu. Desejei-o com uma loucura surpreendente. Senti a cama atrás dos joelhos e empurrou-me gentilmente para que caísse sobre ela, Ruben seguiu-me e ficou suspenso sobre mim, desarmando-me, o seu corpo emitia ondas de calor que me faziam querer tê-lo mais perto. Beijámo-nos e descobrimo-nos durante segundos, minutos, as suas mãos percorriam as minhas curvas, todo o meu corpo, enquanto as minhas acariciavam os seus abdominais, o seu peito, costas e terminavam loucamente nos seus cabelos. A sua boca ambiciosa descia pelo meu pescoço, plantando pequenos beijos molhados ao longo do esterno, entre os meus seios, prolongando até ao umbigo para depois plantar o último beijo acima da linha das minhas cuequinhas. As minhas pernas, de forma instantânea, apertaram-no e então voltou à minha boca, gemendo baixinho, mas acalmando-me durante mais alguns minutos.

Senti um impulso da sua parte e deixei de sentir grande parte do seu peso, a sua mão esquerda acariciou-me o rosto e, com pequenas carícias, percorria as minhas costas parando quando encontrou o tecido do meu soutien. O momento aproximava-se e eu tinha de estar preparada para me mostrar a Ruben de uma forma que nunca tinha feito com ninguém, ele ia ver as partes mais íntimas do meu corpo, eu queria isso, mas… será que estava à altura das suas espectativas? Bem, ainda bem que hoje tinha vestido um dos melhores conjuntos de roupa interior que tinha. Inconscientemente, coloquei as mãos no peito de Ruben, que por sua vez parou olhando-me com carinho, fechei os olhos para procurar a coragem dentro de mim, retirei as mãos do seu peito e sorri-lhe. Ruben presenteou-me com um dos seus melhores sorrisos, carregado de admiração e paixão, estes pequenos gestos, neste momento, faziam a diferença em mim. Beijei-o novamente e a cada beijo trocado era como se fosse o primeiro, sempre diferente dos anteriores, com algo a mais. Tinha a certeza, por este homem eu moveria o céu e a terra. Um pequeno movimento dos seus dedos e o elástico do soutien já não me apertava como antes, estava agora solto, voltei a pousar totalmente sobre a cama e deixei que Ruben desviasse as finas alças para depois mo tirar. Logo senti o meu peito contra o seu, os meus mamilos agora endurecidos recebiam sensações estranhas vindas do corpo de Ruben, mas deliciosas, enquanto ele soltava abafados gemidos entre a minha boca e o meu pescoço.

Voltei a sentir o peso de Ruben a afastar-se de mim, levantou-se enquanto os meus olhos o seguiam, agarrou as suas calças para depois as deixar no chão novamente e num rápido movimento livrou-se dos seus boxers. Meu deus, porque fui eu olhar?! Voltou a colar o seu corpo ao meu, ao meu lado as suas mãos deixaram uma pequena embalagem prateada. Sempre pronto, pensei, será que ele esperava por este momento há muito tempo? A sua erecção voltou a tocar-me, agora de forma diferente, Ruben estava nu e neste momento as minhas dúvidas sobre a minha nudez foram dissipadas. Estávamos, de certa forma, de igual para igual. As suas mãos passavam pelos meus quadris e os seus polegares acabaram por arrastar a única peça de roupa que ainda tinha vestida. Estava maravilhada, o nervosismo de antes esquecido, o que podia ser mais natural do que demonstrar o meu amor por este homem? Beijámo-nos, então, mais uma vez, mas apaixonados do que nunca.

- És perfeita Madalena. Eu amo-te tanto! – Sussurrou-me enquanto me olhava apaixonado, com gratidão. Sorri.

Ruben tomou o preservativo novamente em suas mãos para coloca-lo, coloquei a minha mão direita sobre seu coração. Estava descompassado, Ruben estava nervoso, podia dizê-lo.

- Tens a certeza amor? – O momento tinha chegado e, apesar do seu nervosismo mal escondido, esforcei-me por também eu não voltar a ficar nervosa.

- Sim. Por favor. – Sorri-lhe enquanto colocava as minhas mãos nos seus largos ombros. – Ruben… Eu também te amo.

Ruben posicionou-me e eu enrolei as minhas pernas em torno da sua cintura. Senti que unia os nossos corpos lentamente e eu gritei surpresa. Senti a dor a invadir-me, uma sensação de aperto dentro de mim. Ruben permanecia imóvel e observava-me com amor. Retirava-se de mim com lentidão enquanto eu agarrava com força os seus braços fortes, para depois voltar a entrar em mim. Voltei a soltar um gemido de dor e as minhas unhas cravavam nas suas costas, deteve-se dentro de mim mais uma vez para depois voltar a sair e a entrar tal como tinha feito anteriormente. Continuava a soltar gemidos de dor enquanto Ruben abafava nos meus lábios gemidos de prazer. Eu sabia que isto me iria magoar, sabia que em alguns casos, na primeira vez nunca se chega a sentir prazer, só dor. Iria ser só dor quando, pela primeira vez, me entregava a Ruben, por ele, por nós. Sabia que o olhava com os olhos arregalados enquanto ele continuava lentamente a entrar e a sair de mim para que o meu corpo aceitasse recebê-lo.

- Amor, estás bem? – A sua voz rouca mal disfarçava o desejo, embora os seus olhos me observassem preocupados. Concordei, queria que ele continuasse.

Algo mais forte, vindo de dentro de mim, sobrepunha-se à dor causada pelo facto de Ruben estar dentro de mim. Ele continuava a mover-se, senti o meu corpo finalmente aceitar este vai e vem. Cada vez que ele entrava em mim a estranha sensação apoderava-se de mim, isto era bom. Soltei um gemido descontrolado ao ouvido de Ruben, enquanto ele me beijava o pescoço. Olhou-me maravilhado, podia dizer que havia gratidão no seu olhar, e sorriu como só ele sabe fazer. Cada vez que ele entrava puxava o seu corpo mais para mim, cravava-lhe as unhas nas costas na tentativa de controlar todas as sensações que se apoderavam de mim. A dor estava mais calma, a minha preocupação de isto não ser nada do que imaginei também. Começava a sentir prazer porque ele estava dentro de mim, Ruben estabelecia entre nós um ritmo lento e saboroso, o meu coração começou a bater forte, descompassado, a minha respiração tornou-se irregular acompanhada da sua, as minhas pernas apertavam mais a sua cintura sempre a sensação estranha crescia e o calor entre nós aumentava.

Os movimentos de vai e vem eram cada vez mais rápidos e intensos, os meus quadris começavam a mover-se com os seus. Banhados numa fina camada de suor, ele pegou na minha cabeça com as mãos e beijou-me, beijou-me mesmo! Senti a minha deusa interior desmaiar. O prazer aumentava à medida que os nossos corpos se movimentavam em completa sintonia, respirações ofegantes, todos os sentimentos que nutríamos um pelo outro à flor da pele, ali demonstrados sem meias medidas. Construíamos ali a nossa história, a estranha forma como nos vimos pela primeira vez, o primeiro beijo, discussões, o primeiro “Amo-te”, a separação, a nossa relação, o “nós”!

Durante todo o tempo chamávamos um pelo outro, como uma evocação, palavras de amor foram trocadas. As terminações nervosas de todo o meu corpo despertaram mais uma vez, as nossas bocas abertas respirando com dificuldade, gemíamos de prazer e comecei a sentir algo forte. Era algo que crescia de dentro, joguei a cabeça para trás, as minhas unhas cravaram-se com força nas costas de Ruben, as minhas pernas endureceram apertando a sua cintura. Senti todo o meu corpo tremer, as minhas costas arqueavam-se, a minha mente em branco. Ruben chamou por mim mais uma vez e senti que o meu corpo tinha chegado ao limite, explodindo de prazer e por fim, contraindo-se. Senhores, o que foi isto? Ruben continuou a mover-se dentro de mim por breves instantes para depois gritar por mim e ficar imóvel. Ruben deu-me um beijo na testa e encostou a sua à minha enquanto tentávamos controlar as nossas respirações e os batimentos dos nossos corações. Agora sim, eu era dele como nunca fui de ninguém. Olhámo-nos como nunca havíamos feito, beijámo-nos com desejo, paixão avassaladora, gratidão, carinho, proteção e… amor. Ruben retirou-se lentamente de mim e eu gemi, era uma sensação estranha, como se me deixasse vazia. Sentia-me dorida, o meu corpo estava exausto mas eu estava deliciosamente feliz.

Ruben sentou-se ao meu lado, retirou o preservativo e puxou a roupa da cama que tínhamos afastado para nos tapar. Envolveu-me com os seus braços colando o seu corpo ao meu, as suas mãos acariciavam as minhas costas nuas e as minhas no seu peito. Olhávamo-nos com um enorme sorriso estampado no rosto.

- Eu amo-te Ruben – Sussurrei com a voz carregada de sinceridade.

- Eu também te amo princesa. – Devolveu-me. Vi a sua expressão mudar e ele continuou. – Não me deixes novamente, Madalena.

- Eu não vou! – Garanti-lhe.

- Nunca mais! – Suplicava-me.

- Não, nunca mais! Não ia suportar afastar-me de ti novamente, Ruben.

Ele relaxou, os seus lábios estavam novamente contra meus, exigentes, desesperados, e eu recebi-o, acalmando-o, enquanto a sua língua invadia a minha boca e convidava a minha para um bailado. Quebrámos o beijo e eu passei-lhe os dedos pela barba mais uma vez, fechei os olhos e adormeci nos braços do homem da minha vida.


Obrigada por nunca desistirem :)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Presente de Natal


 Olá,

 Espero que ainda não tenham desistido da minha Fic. Em breve irei publicar mais um capítulo, ou deverei chamar O capítulo. Espero que gostem e peço desculpa pela minha ausência, a faculdade obriga-me a isso.

Beijinhos

terça-feira, 25 de junho de 2013

49º Capítulo: Recomeço








“Imagine uma nova história para a sua vida e acredite nela” (Paulo Coelho)




A água quente batia no meu peito e percorria o resto do corpo. Continuava com a mente preenchida com o que tinha acontecido há horas atrás. Sabia que não era a Madalena que fui antes de me envolver com Ruben, não era mais aquela jovem que acreditava piamente que “no debemos seguir guiadas por un hombre”, tinha descoberto novas fraquezas e novas forças. Também tinha de me desculpar, e muito, a Ruben, tinha cometido erros atrás de erros e cada um maior que o outro. Embora que, por esta altura, Ruben já me tinha certamente perdoado.

Já não dava para adiar mais, fechei a torneira, sequei o corpo e o cabelo e segui para o quarto onde iria perder uns minutos a escolher o que usaria. Optei por um vestido preto, oferecido no Natal, mas nunca antes usado, uns sapatos e mala a condizer, um pouco de maquilhagem com tons naturais, perfume e, bem, estava pronta, pelo menos apresentável estava. E nervosa.





Ruben insistira em me vir buscar a casa e estes poucos minutos que tive de esperar pareceram-me eternos. Devo ter percorrido o trajecto entre o sofá da sala de estar e o copo de água que estava em cima da mesa da cozinha pelo menos umas cinco vezes, se não mais. Ia ser apenas mais um jantar como tantos outros que tivemos, não entendia o porquê de tanto nervosismo, mas que estava nervosa, estava.

A campainha finalmente tocou, ele estava à porta do prédio à minha espera. Verifiquei que tinha carteira, chaves e telemóvel na mala e chamei o elevador que não tardou a chegar. Cliquei no botão “0” e, num instante, estava em frente àquele por quem tanto tinha esperado.



***



Ruben abriu a porta para eu entrar no restaurante e seguiu-me, rapidamente um dos empregados de mesa veio ter connosco e indicou-nos uma das mesas do outro lado da sala já reservada. Poucos minutos passaram quando os nossos pedidos pousaram sobre a mesa. Num ambiente em tons de pastel a conversa entre nós fluía lentamente mas nunca tocando em certos pontos, de frases feitas a temas banais.

- Sim, as aulas estão a correr bem. – Respondi.

- Mas só terminas o curso no próximo ano, não é?

- Sim. – Levei o garfo à boca e voltei a interromper o silêncio que se impunha. – E como estão a correr os treinos?

- Bem, acho que estamos num bom caminho e é uma vantagem para nós estarmos em primeiro lugar no campeonato.

- Hum. – Agora sim, os temas de conversa haviam-se esgotado, o silêncio instalara-se durante uns minutos e eu inundava-me em pensamentos. Num ato descuidado deixei um dos talheres cair sobre o prato, voltei a acordar assustada com o barulho provocado e Ruben olhou para mim. Pousei, então, os talheres e falei. – Ruben, nós temos de falar do que aconteceu, estamos aqui a dar conversa e não dizemos nada.

- Não há nada a dizer, é passado, não importa.

- Ai, para de ser assim tão compreensivo comigo. Eu magoei-te e tu nem me deixas pedir-te desculpas, porque dizes que está tudo bem.

- A culpa não foi só tua. Eu também te devia pedir desculpa.

- Desculpar-te? Tu é que… - Os seus dedos tocaram nos meus lábios, interrompendo-me. Sorri.

- Estás desculpada, amor. – Sorriu-me.

O jantar terminou melhor do que tinha começado. À saída o empregado de mesa que nos tinha recebido e servido devolvera os nossos casacos a Ruben que tratou de mo vestir. Repetiu o gesto de quando entrámos, saí do restaurante e ele seguiu-me.



***



Acabámos por ir à nossa praia, a praia do Baleal. Sentámo-nos na areia, agora fria. Sentia a respiração de Ruben no meu pescoço, uma vez que estava sentado atrás de mim. Os seus braços rodeavam-me, as minhas costas junto ao seu peito e de certa forma conseguia sentir os batimentos do seu coração e a sua respiração compassada fazia-me cócegas.

- Tive saudades disto. – Disse Ruben enquanto me dava leves beijos no pescoço.

- Tiveste?

- Hum, hum. – Os seus beijos subiam até à linha do maxilar provocando-me arrepios.

- Muitas?

- Demasiadas. – Exercendo força com os seus braços, Ruben puxou-me um pouco mais para si.

- Do que sentiste mais saudades?

- Oh senti saudades de tudo. De dormir contigo, do teu mau humor logo pela manhã, dos teus beijos, e… e disto… - Senti a sua língua percorrer todo o caminho desde a linha o maxilar até terminar num doce beijo no ombro que me fez tremer que nem varas verdes, e empurrou o casaco que vestia despindo-mo. - … e disto… - Um dos seus braços abandonou então a minha cintura e pousou então na minha perna onde, com uma certa avidez, fez com que eu rodasse e ficasse de frente para ele.

Coloquei as minhas pernas em torno da cintura de Ruben que se fez cair sobre mim, ficando eu deitada na areia fria. Puxei-o mais para mim e ele cedeu. Beijámo-nos, primeiro delicadamente, mas à medida que as nossas caricias se tornavam mais fogazes e o desejo aumentava, também os beijos que trocávamos se intensificaram. As mãos de Ruben apertavam as minhas coxas e o vestido que usava subia. Senti a sua pele quente em contacto com a minha, fria, das coxas e em cada toque mais ousado seu eu estremecia. As minhas mãos deixaram então o rosto e o pescoço de Ruben e pousaram nas suas costas. Abandonou a minha boca e percorreu, mais uma vez, a linha do maxilar até enterrar o seu rosto nos meus caracóis soltos.

- Amo-te. – Sussurrou.

- Eu sempre te amei. – Devolvi sinceramente.

Os seus lábios uniram-se novamente aos meus e as nossas línguas reiniciavam novamente o bailado que há pouco tinha cessado em beijos apaixonados. O desejo que ali nos mantinha era palpável, a mão de Ruben subia em direção ao meu peito onde, depois de acariciar a zona descoberta, e depois de um pequeno impulso, senti a sua mão algures nas minhas costas. Percebi então que Ruben se preparava para me desapertar o fecho do vestido. Não via razão para que adiasse mais a minha entrega a Ruben, mas não ali. Embora fosse de noite estávamos num local onde qualquer pessoa poderia aparecer. E aliás, não tinha sido assim que tinha imaginado.

- Ruben… – Chamei ofegante.

- Amor… - Sussurrou dando-me pequenos beijos no peito enquanto ia descendo o fecho.

- Ruben. – Coloquei as mãos no seu peito e tentei empurra-lo.

- Eu amo-te tanto… - Disse novamente enterrando o seu rosto nos meus caracóis.

- Amor, aqui não. – Ruben ofegante olhou-me, acariciei-lhe o rosto pedindo desculpa com o olhar e ele sorriu-me.

Deixei de sentir o peso de Ruben sobre mim, percebi que voltara a sentar-se na areia e aninhou-me junto de si, apertando-me de novo o vestido.

Vários minutos passaram e continuávamos na praia a ouvir as ondas, entre beijos delicados e apaixonados e caricias. Com o avançar da noite o vento soprava mais intensamente o que me causou arrepios e instintivamente juntei-me mais a Ruben. Não tardou muito até que voltássemos a sentir o calor acolhedor do interior do carro de Ruben.



***



Senti a mão livre pousar na minha perna, estava quente. Olhei-o. Ruben concentrado levava-nos a percorrer as ruas iluminadas de Lisboa. Olhei pela janela, estava uma noite límpida o que me permitia ver as estrelas e, embora a minha cabeça ainda estivesse um pouco indecisa, sabia que o nosso momento estava para breve. E isso, deixava-me nervosa.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Olá

 Primeiro peço desculpas a todas as pessoas que seguiam esta história, uma vez que nunca mais publiquei nada. A falta de tempo e a não vontade de escrever prejudicou a fic.
 Por outro lado, também vos quero pedir e agradecer por não desistirem dela e continuarem a vir cá espreitar. Um novo capítulo está quase concluido e em breve será colocado aqui.

Obrigada,
Jéssica

domingo, 27 de janeiro de 2013

48º Capítulo: Choose to be happy







“Pelo brilho nos olhos, desde o começo dos tempos, as pessoas reconhecem o seu verdadeiro Amor” (Paulo Coelho)



Há quem diga que uma imagem vale mais do que mil palavras. Talvez tenha a sua verdade. Estava a ser sincera quando me declarei mais uma vez a Ruben, com um ‘’Amo-te’’ que não saiu da boca, saiu do coração. O brilho nos seus olhos fez-me perceber que a verdadeira mensagem tinha sido entendida, mas nada estava nas minhas mãos. Depois de alguns segundos de silêncio da nossa parte, que na realidade pesavam como largos minutos, Ruben continua sem nada dizer, talvez porque não houvesse mesmo nada a dizer, o que me estava a deixar nervosa. Mas depois, como por magia, uma estátua ganha vida e então, o mundo acelera, mais rápido que o próprio tic-tac dos relógios.

De um momento para o outro, senti um corpo rígido contra o meu, uns braços fortes que me rodeavam e não me deixavam fugir, um calor que havia guardado na memória, um cheiro que reconheceria em qualquer parte do mundo, um toque, uns lábios sedentos, doces… Nada ficara esquecido, não havia menos borboletas no estômago nem sentimentos perdidos. Era tudo como antes, talvez com uma pequena diferença, agora eram mais intensos. Tudo o que sentia nunca deixara de se intensificar, mesmo quando imaginava que era impossível amar mais aquela pessoa que agora me tomava em seus braços.

Senti os seus lábios contra os meus. Primeiro com suavidade, depois com urgência. Todos os presentes naquela zona, aquela vasta multidão, haviam sido completamente esquecidos, era como se estivéssemos só nós dois. Se fosse numa outra altura, teria rejeitado esta exposição, mas agora nada importava, só queria ter de volta o homem que amava. Relembramos trilhos e caminhos já percorridos, abraçámo-nos fortemente. Até que Ruben chamou a realidade, e foi ele a afastar-nos. Teria de entender a sua posição, no meio de todas aquelas pessoas, nós não conseguíamos ser ignorados como as restantes, aliás, nós não, ele.

- Talvez esta não tivesse sido uma boa ideia. – Disse Ruben aos cruzar com alguns olhares curiosos.

- Tu… Não era isto que querias? – Perguntei a medo.

- Não sejas tonta! Eu é que não te devia ter beijado aqui. – Ruben pegou-me na mão e conduziu-me para o exterior do Centro Comercial num passo acelerado.

- Ruben, espera. Onde vais com tanta pressa? Já estamos sozinhos. – Ruben parou, coloquei-me de frente para ele e olhámo-nos. – Acho que precisamos de falar sobre isto…

- Nós não precisamos, Madalena.

- Precisamos sim. Esta situação não é saudável para nenhum de nós. Não faz sentido… isto…

- Madalena, a sério, não precisas de dizer nada. – Notara a minha dificuldade em arranjar as palavras certas.

- Preciso, sim. Todo este tempo não fez qualquer sentido, não devia ter sido assim. Entendes o que quero dizer? Acredita que se pudesse voltar atrás teria feito tudo de maneira diferente.

- Talvez tenhas razão, talvez devêssemos ter feito as coisas de forma diferente.

- É, não é? Acho que fui demasiado ingénua.

- Está bem, Madalena, acho que já percebi o que queres dizer. Talvez esta seja a altura de ir embora.

- O quê? – Ruben afastara-se dois passos de mim. – Onde vais? Ruben?!

- A tua conversa é sempre a mesma.

- Sempre a mesma? Mas tu ouviste o que eu disse?

- Perfeitamente.

- Então porque estás a reagir assim?

- Tu acabaste de dizer que fazias tudo de forma diferente, que foste ingénua. Tudo me leva a acreditar que estás arrependida.

- Não! Ruben, se me tenho de arrepender de algo é do tempo que passei sem ti. – Aproximei-me novamente dele. – Eu vim até aqui para acabar com isto de uma vez, eu percebi que não me quero, nem posso, privar de ti!

- Tu queres…?

- Quero, muito! – Um sorriso enorme e lindo preencheu o rosto de Ruben, um sorriso como não via há muito tempo. Um sorriso que me aquecia o coração e que me fazia sorrir também. – Há semanas que andamos a escondermo-nos um do outro. Tudo porque fui uma parva – Ruben tentava, por vezes, interromper o discurso atrapalhado, mas eu não deixava e prosseguia apressadamente. – Provavelmente os meses que passei contigo foram os melhores da minha vida e nunca foi tão difícil para mim deixar-te ir várias vezes, fugir de ti, mesmo sabendo que a cada vez que voltava tu pensavas que ia ser desta que eu ia acabar com tudo o que nos separava. Sabes que te amo, Ruben. E, quando ultimamente deixaste de querer falar comigo, mesmo que só discutíssemos, tive medo, muito medo, de não me voltares a querer…

Ruben voltara a abraçar-me, tão forte que conseguir sentir a sua respiração no meu pescoço e os batimentos acelerados do seu coração. Percebi que Ruben não voltaria a beijar-me, pelo menos em público, e respeitei.

- Tive tanto medo… - Continuei.

- Shiu, agora está tudo bem. – Senti a sua mão direita subir e com o polegar percorreu os contornos dos meus lábios.

- Desculpa. Eu não…

- Já acabou, meu amor, não fales mais disso. – Sorri. – O que foi?

- Diz outra vez. O que me chamaste.

- Meu amor!

- As saudades que tinha de ouvir isso. E agora, como ficamos?

- E agora… Espero que não tenhas nada combinado para a noite, porque vou-te buscar a casa para poder jantar com a minha namorada. Pode ser?

- Namorada? Oh Ruben, eu amo-te tanto! – Se pudesse teria dado ali saltos de alegria, senti-me a explodir de felicidade.

Depois de todo o tempo sem Ruben, despedir-me dele por mais umas horas era algo doloroso. Tinha vontade de nunca mais o deixar, de nunca mais sair de perto dele. Mas em breve estaríamos juntos novamente.

-Madalena. – Chamou Ruben enquanto eu caminhava em sentido oposto. – Amo-te.