4º Capítulo: Sonho?

 Acordei com a sensação de que estivera a sonhar. Sonhara que o Ruben Amorim passara por mim e nem me tinha dirigido o olhar, como se eu não passasse de uma completa estranha, ou se se lembrava de mim, achara-me tão louca e igual a todoas as outras fãs que era preferível ser mais uma pessoa no meio de milhares que não conhecemos. O meu coração acelerou, detestava sentir-me ignorada.

 Ainda era 3:10h da manhã e já o meu sono se tinha evaporado. O sonhonão me saía da cabeça. Senti que faltava algo. Sentei-me na cama, regulei a intensidade da luz vinda do candeeiro de parede que estava um pouco acima da cabeceira da cama e agarrei no telemóvel. Já de forma automática, e conduzida pelo subconsciente, fui parar à caixa de entrada. Lá estava o que faltava, a última mensagem recebida no dia anterior ainda nem tinha o número gravado na lista telefónica. Abri a mensagem, le e reli vezes sem conta. Era-me possível ver a conversa completa. Eu tinha combinado ir jantar com o Ruben hoje. Como era possível? Eu nem sequer queria que ele sentisse alguma espécie de obrigação comigo, mas desmarcar seria um pouco mau, e não era todos os dias que se ia jantar com um jogador de futebol da equipa adversária.

 Fiquei a pensar no que vestiria, ondee me iria levar, será que não ia desmarcar assim que acordasse? As horas passavam e quando adormeci novamente já os primeiros raios de sol atravessavam o vidro da janela. Dentro de instantes teria de me levantar.

 Caí num sono profundo, não ouvi o despertdor tocar, por muito irritante que o seu toque fosse, e consequentemente faltei às aulas.

 Quando acordei já passava um pouco do meio-dia. Fui até à cozinha e comecei a preparar o almoço. Enquanto o esparguete cozia para depois lhe juntar as natas e ir ao forno, o meu telemóvel soou. Saí a correr da cozinha para o ir buscar. Sim, era o Ruben. Abri a mensagem a medo, mas depois de passar os olhos pelas letras acalmei-me. Ele apenas me perguntara se preferia que me viesse buscar ou se me ia encontrar com ele. Respondi que me ia encontrar com ele, ainda na esperança de descobrir onde íamos, mas ele não disse. Conbinámos encontrar-nos à entrada do túnel do Estádio da Luz (para meu grande desgosto), uma vez que ele tinha treino no Seixal, perto das seis horas.

 Voltei à cozinha e acabei de preparar a refeição.

 Já na sala de estar, deitava no sofá com a cabeça sobre uma almofada, os meus olhos estavam mais interessados nos movimentos demasiado lentos dos ponteiros do relógio do que no que estava a dar na televisão. Estava a começar a ficar nervosa. Fui até à varanda respirar um pouco de ar fresco mas de nada adiantou. Voltei a entrar em casa, levei um pequeno leitor de mp4 e as respetivas colunas para a casa de banho, liguei-o, e enquanto a banheira enchia com água quente, eu despira o pijama. Nada melhor do que um banho quente e música ambiente para relaxar os músculos que agora estavam tensos. Já dentro de água, fechei os olhos e tentei não pensar no que se estava a aprximar.

 Não dava para adiar mais, sequei o corpo e o cabelo, e apliquei uma maquilhagem ligeira sobre o rosto. Quando entrei no quarto abri o guarda roupa entrei em dilema. O que iria vestir? Algo foral ou informal? Era tudo tão mais fáci se ele me dissesse onde me ia levar... Arrisquei por levar um conjunto informal, afinal era só um jantar (provavelmente o primeiro e o último).

 Tu isto demorara mais do que eu pensara, e já era 5:30h. Coloquei as chaves de casa, o telemóvel e a carteira dentro da mala e retirei as chaves do carro. Saí de casa.

 Perto do túnel estacionei o meu carro, avistei e fui ao encontro de quem me esperava.

Deixo-vos mais um capítulo. Espero que gostem.

Peço-vos que deixem a vossa opinião, pois é importante para a minha desisão de continuar a história ou não.

Beijinhos, Jéssica