1º Capítulo: Se a vitória começa com uma derrota, percamos então.

 Madalena, uma jovem tipicamente portuguesa, de 21 anos. Descrita como inteligente, apaixonada, lutadora e com uma forte personalidade. Fisicamente é uma pessoa dita normal: de estatura média; cabelos ondulados, castanhos claros; olhos grandes, cor de chocolate, envolvidos em espessas pestanas negras, e muito expressivos.

 Ruben, jogador de futebol português, atualmente no Sport Lisboa e Benfica, de 26 anos. É uma pessoa extremamente divertida, adora estar com os amigos, o seu melhor amigo é um ex-jogador do Benfica, David Luiz. O seu passatempo preferido é o Bowling e é grande fã da PlayStation (principalmente do Pro Evolution Soccer), não gosta de perder. Existe uma enorme ligação entre Ruben, o seu irmão e a sua mãe.

     Jogo Benfica x Sporting

(Madalena)

 Naquele espaço reduzido, lotado apenas com doze pessoas, o barulho chegara ao insuportável. Era nestes momentos que desejava ir embora, isolar-me, para que os nervos e a fúria não se descontrolassem. Sentada a um canto da sala destinada aos jovens da pequela aldeia do interior, assistia, através da televisão, a um derby, Benfica x Sporting. Como sportinguista ferrenha era difícil estar naquela sala, onde o espírito encarnado era palpável. Embora com tentativas de golo, falhadas, o Sporting acabou por perder frente ao seu eterno rival por uma bola a zero, golo da autoria de Javi Garcia.

 Tenho de admitir, gosto bastante deste jogador espanhol, acho-o extremamente bonito, além disso, é um homem atraente. Não, não é o meu ídolo, mas todos sonhamos. Todos, pelo menos uma vez na vida, sonhamos, no mínimo, conhecer aquele jogador, ou aquele artista.

 Não foi nesse momento que despertou a minha atenção, já o tinha feito antes, mas algo parecia diferente. Talvez fosse por estar a ver o jogo numa televisão barata, mas, embora continuasse igual, brilhava menos. Guardei esse promenor na minha mente e abstrai-me do jogo.

- Madalena. Madalena! Acorda, não me estás a ouvir? - Mafalda, uma amiga de infância, gritava aos meus ouvidos.

- Oh, desculpa. O jogo já acabou? - Perguntei, completamente confusa ao olhar para o grande relógio de parede.

- Já, isso nem parece teu. Deixa ver o que é isso. - Tirara-me da mão um pedaço de papel, já amarelo, onde estivera a desenhar uma figura masculina.

 O desenho era uma paixão para mim, embora no meu percurso escolar tivesse optado pelas ciências em vez das artes. Atualmente frequentava um curso de saúde, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.

 Como já era habitual, no último fim de semana de cada mês regressava a casa, para ver a família e os amigos. E este era um desses fins de semana.

 Num movimento brusco, arranquei-lhe o papel das mão e enfiei-o no bolso do casaco. Virei-lhe as costas, paguei a conta e segui para casa, desejosa de, no meu quarto, encontrar o conforto de que era privada durante tanto tempo. Tinha de aproveitar a noite, pois no dia seguinte seguia rumo a Lisboa, para mais um mês de aulas. Agora, só voltaria a ver a minha terra na véspera de Natal.

 Um novo dia nascera e eu esta pronta para duas horas de viagem até à capital. Odiava ter de conduzir tão cedo, mas tinha de ser.